Há alterações dentoesqueléticas no tratamento a longo prazo da apneia obstrutiva do sono com aparelho para avanço mandibular?
DOI:
https://doi.org/10.46875/jmd.v10i1.38Palavras-chave:
Apneia obstrutiva do sono, Avanço mandibular, OrtodontiaResumo
A síndrome da apneia obstrutiva do sono caracteriza-se por repetidos episódios de parada momentânea da respiração, durante o sono, resultando em severas alterações sistêmicas. Há diferentes abordagens para a terapia desta síndrome, dependentes da severidade da mesma. Nas de grau suave ou moderada pode-se indicar uma terapia com aparelhos para avanços mandibulares, associados ou não às máscaras de bombeamento positivo e contínuo de ar nas vias aéreas. Há relatos na literatura indicando o surgimento de mordida cruzada na região dos pré-molares e diminuição do overjet e do overbite, devido à lingualização dos incisivos superiores e vestibularização dos incisivos inferiores, principalmente se o período de utilização do aparelho para avanço mandibular for maior que 3 anos. Este trabalho relata as alterações dentoesqueléticas promovidas pela utilização durante 5 anos de um aparelho intrabucal para avanço mandibular, em um paciente adulto, com quadro de ronco noturno. Pelas análises cefalométricas realizadas ao início do tratamento e após o tempo apresentado, observa-se que as alterações ocorridas não apresentaram relevância clínica. Assim, pode-se esperar que a utilização de aparelhos para avanço mandibular no tratamento da apneia obstrutiva do sono não promove alterações dentoesqueléticas significativas.