Complicações na utilização de implantes zigomáticos para o tratamento reabilitador de maxilas atróficas: revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.46875/jmd.v10i1.32Palavras-chave:
Sinusite maxilar, Zigoma, Implantes dentáriosResumo
A reabilitação de maxilas atróficas sempre foi um desafio para o cirurgião dentista, e a utilização de implantes zigomáticos tem se popularizado como uma alternativa de tratamento à reconstrução alveolar. O presente trabalho realizou uma revista da literatura buscando complicações trans e pós-cirúrgicas mais comuns relacionadas à cirurgia de implantes zigomáticos. Foi realizada busca na base de dados PubMed por artigos publicados entre 2010 e 2015, sendo encontrados 92 artigos. Destes, foram selecionados estudos que atendessem aos critérios de inclusão e exclusão. Doze dos 92 artigos foram selecionados para revisão, somando um total de 5.425 implantes zigomáticos instalados. Artigos que consideraram apenas as complicações protéticas não foram selecionados. As complicações pós-operatórias relatadas foram: 162 casos de sinusites (2.98%), 129 de infecção dos tecidos moles (2.37%), 16 parestesias (0.29%), 21 fístulas orosinusais (0.38%), 2 enfisemas subcutâneos (0.036%), 1 penetração da cavidade orbital (0.018%), 9 de dor persistente (0.16%), 5 exposições do implante (0.092%) e 16 falhas de osseointegração (0.29%). Artigos de casos clínicos, com um grupo amostral pequeno, relataram ausência de complicações clínicas. O follow-up variou de 1 a 7 anos. A complicação mais frequente é a sinusite maxilar, e a técnica de fixação zigomática pode incorrer em inúmeras complicações se o cirurgião for inexperiente e/ou não tiver bom conhecimento anatômico da região. Faltam estudos com casos controle que discussão as complicações trans e pós-operatórias.